12 abril, 2011

Sonetto XXI


ANDO NAS RUAS como um cão demente,

Com a alma e o peito ardente,

Vejo as mulheres da vida sem tesão

Que morrem por qualquer tostão!


O crepúsculo cintilante desce o pano

E mudo de normal para insano,

Então ando pela rua sem proteção

Pois já não sinto mais o meu coração!


Quero amar na rua,

Sem pensar no amanhã,

Caminhando solitário pela rua.


Clamo por alguns beijos,

De qualquer u’ a mulher,

Para saciar, meus mais loucos desejos!



Foto: Naruna Brito