ANDO NAS RUAS como um cão demente,
Com a alma e o peito ardente,
Vejo as mulheres da vida sem tesão
Que morrem por qualquer tostão!
O crepúsculo cintilante desce o pano
E mudo de normal para insano,
Então ando pela rua sem proteção
Pois já não sinto mais o meu coração!
Quero amar na rua,
Sem pensar no amanhã,
Caminhando solitário pela rua.
Clamo por alguns beijos,
De qualquer u’ a mulher,
Para saciar, meus mais loucos desejos!
Foto: Naruna Brito