LOUCOS pensamentos vão-se pelo tempo,
Bailam como fumaça pelo vento
A procura daquela imagem
Que não sei se é real ou miragem...
U’ a beleza tão misteriosa
Que não existe adjetivo,
Para tal corpo altivo
Para tal mulher formosa!
É incalculável tal mensura
Daquele rosto de beleza infinita,
E penso que não é do céu sta criatura!
Loucos pensamentos bailam,
Por sta negrume paixão
Por ste Amor pagão.
“É ela! é ela! – meu amor, minh’ alma,A Laura... Que o céu revela...
É ela! É ela! – murmurei tremendo
E feliz eu respirei o ar da liberdade
Que na noite o seu amor me deu.
A chuva é a purificação
Em que eu quero me molhar,
E durante ela, eu quero te amar.
O sol ta queimando,
A lua brilhando,
E meus olhos chorando.
Seus lábios foram como flechas
Cheias de veneno,
Que feriram o meu coração.
Seus lindos olhos belos,
Cheios de luz e scuridão,
Deram-me u’ a alegre tristeza.
Suas doces palavras de Amor,
Machucarão o meu coração
E me mataram de solidão.
Deus em forma de mulher,
O sonho que sempre sonhei
O Amor que tanto desejei.
O anjo mais lindo da terra,
A mulher mais divina que existe,
O sonho mais doce que tive,
O Amor mais belo que vi.
A minha vida ressuscitou,
Quando o meu coração,
Ao teu foi apresentado.
Descobri a razão de viver,
Quando nossos corpos abraçados
Formaram um eclipse de Amor.
(Marco Gomes)
Inspirado no Filme: Angel-a
Foto: Evanayra Verenna
NA FLOR da beleza arrebatada
Vejo a minha Sant’ amada,
Por ela carrego no coração
Toda a magia de u’ a paixão!
No rancho da rosa encarnada
Louvo aquela imagem sagrada,
Com toda a paz da minha emoção
Agradeço a Deus por essa paixão!
Vivo um quê de Amor
Para que já livre da dor,
Posso amar o Amor...
Amor! Eu acredito no Amor
Pois dest’ arte vinda do senhor,
O possível começa a ter valor...
É stranho ver sta mulher que
A primeira vista vive em um
Mundo negrume,
Porém sua mente refulgente
De grande escárnio tem apenas um
Pensamento, o de conquistar
O seu grande Amor insólito.
Pobre doida que vaga pelo mundo
Desejando o impossível, e vive
Em uma casa lúgubre, que se
Contrasta com a magnificência
De sua beleza impar.
Sua frivolidade não lhe impede de
Viver em um mundo de devaneios.
O teu seio dourado que ao
Murmúrio das volúpias se reprime,
Devido o spirito energúmeno
Dos homens triviais.
Os louros que ecoam de
Tua boca é como as rapsódias
Antigas, amenizam e fazem
Squecer a tua insanidade.
E nada do que dizem,
Lhe impede de continuar doida
Pelo teu Amor...
...Pobre doida!
Pobre Clarisse.
