24 junho, 2014

Velhas fotografias




Eu escrevo para você
mesmo sem saber o que dizer,
Pois minha vida só se completa
Quando tu faz parte do meu viver.

Tuas velhas fotografias ainda estão guardadas
Entre os livros amontoados na estante,
Aguardando o tempo de você voltar
A fazer parte da decoração do nosso lar.

Se fotografo ou escrevo,
Se te ligo ou mando mensagem,
Se vou atrás ou fico esperando...
Desejando apenas te ver voltar.

Louvarei os teus olhos sorrindo
Cantarei teus lábios borrados de batom
Beijarei teu corpo como numa cena de novela,
Amarei tua alma por todo um instante.!

(Marco Gomes)

03 junho, 2014

Em tuas mãos

Sabe as mãos?
Aquelas que tremem quando nos vemos,
Aquelas que ficam suadas quando nos aproximamos,
Aquelas que tanto os cabelos acariciaram?
Pois é... Hoje elas estão vazias
Desde o dia em que elas buscaram outros tatos.
Mas como a vida vai e vem,
Eis que um dia por costume ou descuido
Entre prateleiras de livros,
Inclusive aquele que você não gosta,
As mãos se tocaram, querendo entrelaçar,
Talvez até por um descuido do coração
Que insiste em não obedecer a razão.

(Marco Gomes)

13 março, 2014

A saudade é testemunha



Quando Gonzaga cantou
Era um poema que eu estava a ler,
Mesclado o rústico com o erudito
Eu estava a tentar entender,
O por que você me deixou?

Não esqueço daquela quarta-feira de cinzas
Quando você partiu, partindo meu coração,
Você dizia que eu não te amava
E por tanto não teria cabimento
Vivermos um relacionamento.

Lendo tuas prosas hedonistas
Me encontrando em cada protagonista
Que tu descreves como se fossem indiretas.
Teus prosaicos versos de amor da mocidade
Acendem ainda mais a minha saudade.

Da janela do meu quarto
Fico debruçado sobre tintas e papeis,
Olhando para tuas fotografias
Que estão gravadas com os poemas
Que este poeta a ti escreveu.

(Marco Gomes)


Foto: Capa do livro 'Levementeleve'

04 março, 2014

Interletrada



U' a moça formosa de sorriso garboso,
De olhar sereno e malicioso,
Ela compõe na solidão, lindas crônicas de amo,
Amores barrocos e realistas e outros amores de carnaval.

Ela alimenta com versos, a sperança de corações partidos
Compondo suas prosas por entre ruas e praças,
Ela expressa com poesia, o sofrimento alheio,
Camuflando suas próprias desilusões e frustrações.

A minha poetisa, já não é mais tão minha, quando outrora.
Mas o cheiro terno do floratta ainda permanece em mim,
E ste sonetto de resposta, será o nosso elo eternamente.

A poetisa faz da prosa o seu grito de liberdade,
O refúgio de desabafo e suspiro,
Pois para ela: "antes só, do que mal apaixonada".


(Marco Gomes)

28 julho, 2013

Pôr do Sol

Os raios solares findam no horizonte
E se põe do outro lado do lago,
Deitados na grama estão dois corpos
Abraçados, sonhando, amando, vivendo.

As gotas da chuva caem das árvores,
Junto com o vento frio que sopra,
E o silêncio plácido da noite
Formam o cenário perfeito do nosso amor.

O destino, a vida e suas nuances,
Até os astros conspiram favoráveis
Para a paixão florescer a cada beijo.

Em meus braços o teu corpo se faz presente,
E o amor que já se via moribundo,
Reacende límpido no coração deste poeta.


(Marco Gomes)




Musa: Radynalva Gomes
Foto: Marco Gomes